“Show não é culto”


Em um artigo intitulado “Show não é culto”, publicado no Mensageiro da Paz (CPAD), em agosto de 2006, o pastor Martim Alves da Silva, da Assembléia de Deus em Mossoró, Rio Grande do Norte, afirmou:

"No culto, a pessoa mais importante é Deus; no show, é o artista. No culto a Deus ninguém paga, no show a entrada é mediante pagamento. No culto, Deus está presente; noshow, Deus se faz ausente, pois sua glória não dá a outrem. No culto, o ministro de Deus soleniza as celebrações; no show, o apresentador é condescendente à desenfreada desordem. No culto, o povo glorifica a Deus; no show, só gritos e assobios para o artista. No culto, o povo reverencia a Deus em adoração; no show, só há bagunça incontrolável.".

Como deve ser o verdadeiro culto a Deus? Deve caracterizar-se pelos elementos apresentados em 1 Coríntios 14.26: “Que fareis, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação.

Faça-se tudo para edificação”. Não está escrito: salmo, salmo, salmo, salmo e salmo! Está escrito: salmo (cântico), doutrina (Palavra de Deus), revelação, língua e interpretação (dons do Espírito).

Nos dias do rei Ezequias, houve um grande avivamento na área do louvor (2 Cr 29). Ele começou a reinar em Judá aos 25 anos e fez o que era reto aos olhos do Senhor: abriu as portas da Casa de Deus, ajuntou os sacerdotes e levitas, ordenou que todos se santificassem, celebrou a páscoa, etc. (vv. 2-20).

O louvor a Deus, naqueles dias, possuía as seguintes características:

Deus no controle. O louvor e a música davam-se por mandado do Senhor, e não por iniciativa humana (v. 25).
Ordem. Tudo era feito com ordem e decência (v. 26).
Submissão. Os músicos e cantores obedeciam ao líder (v. 27).
Preparação. Todos estavam preparados para o louvor (v. 27).
Reverência. Havia muita reverência, prostração e adoração profunda no momento do louvor a Deus (vv. 28-30).
Renovação. Não havia espaço para as más inovações e as imitações do mundo. Todos louvavam a Deus com as palavras de Davi e de Asafe, recuperando o que haviam perdido ao se distanciarem do Senhor (v. 30). Ao contrário do que muitos pensam, renovação implica reconquistar o que foi perdido, e não buscar inovações contrárias ao que havíamos recebido (Lm 5.21; Pv 24.21; Jr 6.16).
Alegria. Muita alegria (v. 30). Não era uma alegria carnal, com liberdade de movimentos corporais; todos estavam inclinados, prostrados diante de Deus.

Tenhamos, pois, temor e tremor na casa do Senhor (Sl 2.11). Deus quer de nós o “culto do coração”, e não o “culto da carne em ação” (Is 29.13). O templo não é um lugar para desfiles de celebridades, danças, “trenzinhos”, luzes coloridas, som “pesado”, assobios, etc. Não se precipite em pensar que estou sugerindo que os nossos cultos sejam reuniões sem vida, similares às missas. Não! Porém, precisamos ter reverência na casa de Deus (Mt 21.1-13). E, quando eu falo em casa de Deus, refiro-me a qualquer local onde nos reunimos para cultuar ao Senhor.

Ciro Sanches Zibordi

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